MULHERES E MERCADO DE TRABALHO: fora da Barbielândia, a luta ainda vai longe.

MULHERES E MERCADO DE TRABALHO: fora da Barbielândia, a luta ainda vai longe.

A gente sabe. Bem ou mal, a essa altura você já não aguenta mais ouvir falar sobre o filme da Barbie. Mas calma que a CoolBox de hoje também não é sobre isso, embora o tema vá bem ao encontro de uma das matérias primas que dão corpo ao roteiro de Greta Gerwig e Noah Baumbach: mulheres e mercado de trabalho.
E bom, não tem nada de novo nisso, mas a realidade continua longe de ser cor de rosa.
Chora, Barbie: 131 anos para eliminar as desigualdades
A informação é do último Relatório Global de Desigualdade de Gênero, publicado pelo Fórum Econômico Mundial no final de junho.
De acordo com o estudo, os possíveis riscos que dificultam um crescimento futuro e a ampla prosperidade mundial, como os conflitos geopolíticos em andamento, a incerteza quanto ao que será do comércio e das cadeias de suprimentos globais, os eventos climáticos de grande escala e o impacto das tecnologias emergentes (entre elas, a AI), poderão ter um efeito desproporcionalmente negativo sobre as mulheres, sobretudo para aquelas em situações mais vulneráveis.
A edição de 2022 do relatório já havia levantado preocupações sobre a questão da paridade de gênero em razão da queda global da participação das mulheres tanto no mercado de trabalho quanto em outros indicadores. E, apesar do aumento dos números em 2023, as lacunas continuam grandes.
Entre as edições de 2022 e 2023, a paridade na taxa de participação na força de trabalho aumentou de 63% para 64%. Entretanto, a recuperação continua inacabada, pois a paridade ainda está no segundo ponto mais baixo desde a primeira edição do índice em 2006 e significativamente abaixo do pico de 69% registrado em 2009.
Barbie trabalhadora informal. Existe?
O relatório também aponta que, a não ser por um curto período de tempo em 2020, quando a pandemia levou a um pico de desemprego para ambos os sexos, a probabilidade de as mulheres ficarem desempregadas tem sido maior do que a dos homens.
Além disso, a pesquisa revela que quando as mulheres conseguem emprego, elas geralmente enfrentam condições de trabalho de qualidade abaixo do padrão. Ou seja, uma parte significativa da recuperação do emprego desde 2020 pode ser atribuída ao emprego informal, o que se traduz por falta de proteções legais, seguridade social e condições de trabalho decentes.
Fonte: CoolHow