Aprendizagem baseada em design: o conceito

Quem vê o título pode até pensar que o que vem a seguir é um conteúdo acadêmico (que a gente adora, por sinal), mas a ideia aqui é trazer o conceito de uma forma mais simples e direta mesmo.
Antes de continuar, no entanto, precisamos dizer que essa é uma abordagem de Educação baseada em competências, ou seja, na sinergia entre conhecimento, habilidades, atitudes e valores.
Dito isso, podemos definir que a aprendizagem baseada em design nada mais é que a incorporação do pensamento e das metodologias de design para facilitar o processo de aprender. Nesse sentido, o design é utilizado não apenas no planejamento, mas em toda a experiência oferecida em si, colocando as pessoas aprendizes no centro do processo.
E o que deixa essa experiência baseada em design diferente de uma experiência de aprendizagem comum?
Alguns pontos que enumeramos:
Final aberto: na aprendizagem baseada em design, não existe necessariamente uma resposta certa. Cada pessoa, cada grupo de trabalho pode chegar a um resultado completamente diferente e isso não possui uma lógica de certo ou errado, e sim de quais são as diversas possibilidades de resposta a um desafio complexo que é apresentado, o que também é uma excelente oportunidade de praticar habilidades e competências essenciais ao longo do processo de solução do problema.
Projetos autênticos: aqui, falamos em um processo de aprendizagem que busca, muitas vezes, resolver um problema que pode tanto ser do grupo de participantes, em si, ou de uma comunidade maior a qual as pessoas desse grupo pertencem. Estamos falando de projetos mão na massa, mesmo, do trabalho conjunto para construir algo de forma multidisciplinar, ou seja, permitindo que vários conhecimentos sejam acionados para a elaboração de uma determinada solução.
Função da pessoa educadora: no contexto dessa modalidade de aprendizagem, o papel da pessoa educadora não se resume apenas à transmissão de informação ou de conhecimento. Mais do que isso, sua função é estimular e desafiar participantes por meio de questionamentos pertinentes, além de facilitar e orientar o aprendizado, ajudando o grupo a superar eventuais obstáculos.
Avaliação: as avaliações são formativas, ou seja, acontecem ao longo de todo o processo e, ao mesmo tempo, somativas, a partir do produto/solução final. Nesse caso, é por meio do produto final que se torna possível compreender o quanto as pessoas estão, ou não, manifestando determinadas competências.
Colaboração no centro do trabalho: esse modelo de aprendizagem depende da colaboração entre participantes e também pode envolver a convocação de pessoas que estão do lado de fora. Ou seja, se estamos criando soluções para uma comunidade – que, no contexto corporativo pode ser uma área, por exemplo -, pode ser pertinente acionar quem faz parte dessa comunidade. Também envolve acionar habilidades e expertises que não se tem internamente no grupo em questão.
Fonte: COOLHOW