FALTA DIVERSIDADE: Começando do começo.

FALTA DIVERSIDADE: Começando do começo.

Quando falamos em diversidade nas empresas, falamos em trazer para dentro dos negócios a mesma diversidade que encontramos ao nosso redor, no “mundo lá fora”. Só para você ter uma ideia, de acordo com os dados coletados e reportados pelo relatório Diversidade, Representatividade e Percepção do Censo Multissetorial da Gestão Kairós 2022, o cenário da população* no Brasil é o seguinte:
48% são homens
52% são mulheres
29% das mulheres são negras (24% pardas e 5% pretas)
56% do total são pessoas negras (47% pardas e 9% pretas)
28% são pessoas com 50 anos ou mais
16% são pessoas com 60 anos ou mais
24% são pessoas com algum tipo de deficiência
7% são pessoas com deficiência em um grau mais severo e com menos autonomia.
10% são homessexuais
2% são trans
Agora, pergunta rápida: no seu ambiente de trabalho ou na sua rede de fornecedores e parcerias, você identifica essa representatividade? Podemos chutar que não. Inclusive, o próprio relatório traz dados que confirmam que ainda estamos longe de chegar lá.
Ao analisar o quadro de funcionários de empresas do Brasil e da América Latina, a pesquisa indica que temos majoritariamente a presença de homens (68%), brancos (64%), heterossexuais (94,6%), cisgênero (99,6%), sem deficiência (97,3%) e com menos de 50 anos (94,8%).
*Os recortes aqui utilizados foram extraídos do relatório citado. Entendemos que, quando falamos de gênero, por exemplo, o recorte se amplia. No entanto, consideramos um bom ponto de partida para o que se pretende.
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Tá, mas isso eu já sabia
E também já sabe que o caminho para a ampliação da diversidade nas empresas passa pela liderança e pelo RH e começa com a contratação de profissionais diversos. Mas será mesmo?
A verdade é que o processo para se ter empresas mais diversas é bem mais complexo e começa antes do que a gente imagina, sendo o primeiro passo a execução de um diagnóstico preciso sobre o atual cenário do negócio.
Como a equipe de colaboradores é composta atualmente? Como estão os espaços físicos? Eles são acessíveis? Como é o processo de socialização (onboarding) da empresa? É possível oferecer formações complementares para suprir a falta de habilidades de alguns profissionais e não deixar que isso limite a contratação? De quanto tempo é preciso para o desenvolvimento de diretrizes de contratação eficientes? Estas são apenas algumas das questões a serem levantadas e respondidas.
Por isso que as palavras equidade e inclusão caminham juntas com a diversidade, porque é preciso que as empresas também trabalhem para a construção de ambientes físicos e profissionais nos quais toda a sua rede de colaboradores se sinta igualmente ouvida e representada e possua as mesmas condições de desenvolvimento e crescimento.
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Fonte: Coolhow