WHEY AMAZÔNICO: Nem toda inovação nasce de um laboratório.

WHEY AMAZÔNICO: Nem toda inovação nasce de um laboratório.

Às vezes, ela já brota da terra, cultivada por gerações. Foi com esse olhar que a Embrapa Acre, em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac), investigou 14 variedades crioulas de feijão cultivadas por agricultores familiares no Vale do Juruá, na Amazônia.
Mais do que identificar altos teores de proteína (com destaque para os 27% nos feijões Costela de Vaca e Manteiguinha Branco), o estudo revelou um conjunto de informações fundamentais para a valorização desses sistemas agroalimentares.
Entre os resultados, destacam-se:

  • A manutenção do valor nutricional mesmo após 12 meses de armazenamento, evidenciando o potencial de conservação dos grãos.
  • A presença de antocianinas em teores superiores aos de outras variedades comerciais, com possível contribuição para dietas antioxidantes.
  • A sistematização do conhecimento tradicional associado ao cultivo em áreas de várzea, especialmente as praias formadas pela vazante do rio Juruá.
  • A organização e georreferenciamento das variedades crioulas, construindo um mapa inédito da diversidade genética de feijões no estado.
  • A discussão sobre os possíveis caminhos de valorização econômica, como certificações de origem, indicação geográfica e o reconhecimento sociocultural desses alimentos.
    Esse trabalho reforça a importância de integrar ciência, cultura e sustentabilidade no fortalecimento da agricultura familiar amazônica. Mais do que dados de laboratório, o estudo oferece subsídios para políticas públicas voltadas à conservação da agrobiodiversidade e ao reconhecimento de modos de vida que produzem alimento, conhecimento e futuro.
    FONTE: Para mais informações, acesse: https://bit.ly/4hjRo3r (link na bio).

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