IMPORTÂNCIA da Mata Ciliar: Gritador-do-nordeste

IMPORTÂNCIA da Mata Ciliar: Gritador-do-nordeste

Para ajudar a solucionar o problema, tem sido feitos cada vez mais esforços para criar corredores ecológicos (corredor de biodiversidade). O objetivo é ligar fragmentos florestais ou unidades de conservação que foram separadas pela atividade humana e possibilitar a manutenção das funções ecológicas.
Centro de Endemismo Pernambucano (CEP)
A parte mais degradada da Mata Atlântica fica ao norte do São Francisco, o rio que forma uma barreira para certas espécies de aves. A área é conhecida como Centro de Endemismo Pernambucano (CEP). Ali, a mata divide espaço com pastagens de gado e canaviais.
Poucos desses fragmentos são de fato protegidos e muitos estão dentro de propriedades particulares. Muitas dessas matas estão muito degradadas, o que tem levado espécies de fauna local para a extinção, como foi o caso da Corujinha-de-Alagoas e do Gritador-do-nordeste.
A situação é dramática para espécies endêmicas com uma área geográfica restrita. É o caso da choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi), criticamente ameaçada. De acordo com dados de monitoramento da SAVE Brasil, afiliada local da BirdLife International, restam menos de 10 dessas aves, vivendo dentro da Estação Ecológica de Murici (ESEC).
Felizmente, no nordeste, um projeto está em andamento para salvar espécies de aves endêmicas da extinção. O Projeto Mata Atlântica do Nordeste planeja reflorestar 70 hectares nos estados de Pernambuco e Alagoas até 2023. O objetivo é conservar e melhorar a conectividade entre os fragmentos de Mata Atlântica da Serra do Urubu-Murici, divisa entre Pernambuco e Alagoas.
Tanto os fragmentos da Serra do Urubu quanto os de Murici são focos do Projeto Mata Atlântica do Nordeste, que atua na região desde 2000.
O monitoramento na Serra do Urubu, mostrou um aumento na diversidade de aves, de 105 espécies registradas em 2005, para 287 em 2021. Mas mesmo com os avanços, a situação é permanece muito delicada na região.
FONTE: https://biologo.com.br/bio/corredor-ecologico-uma-ponte-para-trocas-geneticas